sábado, 13 de setembro de 2008

Até Sempre!


"Azevinho", Dez 2007
Aguarela de Diogo Freitas da Costa

Caros leitores,

A nossa vida seguiu, inevitavelmente, os trilhos individuais e já não estamos mais juntos. No entanto, continuaremos (com imenso gosto!) a oferecer sementes de azevinhos sempre que o solicitarem para o nosso endereço.


Gostariamos de poder, além de contribuir para o aumento da população de Ilex aquifolium em Portugal, inspirar outros em pequenos gestos criativos na preservação da floresta autóctone.

Bem-hajam pela vossa colaboração!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Manifesto SOS Paiva


Rio Paiva, Agosto 2007

quinta-feira, 17 de julho de 2008

"School"


Vistas para o Douro (Gaia)

..//
Dont do this and dont do that
What are they trying to do? - make a good boy of you
Do they know where its at?
Dont criticise, theyre old and wise
Do as they tell you to
Dont want the devil to
Come out and put your eyes

Maybe Im mistaken expecting you to fight
Or maybe Im just crazy, I dont know wrong from right
But while I am still living, Ive just got this to say
Its always up to you if you want to be that
Want to see that
Want to see that way
- youre coming along!

Extraído do album "Crime of the Century" (1974)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Roger Hodgson


Roger Hodgson, cais de Gaia (Julho 08)

O antigo vocalista e mentor dos SUPERTRAMP esteve ontem a dar-nos um pouco de si (citação) na margem do rio Douro, em Gaia. Foi uma daquelas noites em que a paisagem natural (noite estrelada de lua grande, reflectida em águas calmas de prata azul delineadas pelo casario) acompanhava a música, uma harmonia rara que também nos alimenta...
A sua voz límpida e fina, suave e por vezes "gritante" - como o som agudo de um falcão solitário - encheu-nos as medidas; as lembranças de outros tempos, guardadas em buraquinhos minúsculos do cérebro apareceram e plantaram-se diante dos olhos, grandiosas por momentos e tão vivas! Saudades, hein?!

Hodgson, apresentou-se simples e visivelmente mais velho (hum...); comunicou facilmente com o público, procurando enfatizar as mensagens das suas mais famosas canções .
Absorvo tudo imóvel, incapaz de extravasar - quem me dera pular e cantar de pulmões abertos como aquelas pessoas à minha volta, completamente permeáveis e tão emotivas por fora! Sinto-me uma "estranha-invejosa" na multidão aos saltos, a bater palmas e a cantar , alguns eufóricos mesmo?
Bah, a música e os versos agitam-me os neurónios mas continuo especada, a observar...

gabriela

sábado, 21 de junho de 2008

Solstício de Verão


Amanhecer no Caramulo, Jun 08

Como quem num dia de Verão abre a porta de casa
E espreita para o calor dos campos com a cara toda,
Às vezes, de repente, bate-me a Natureza de chapa
Na cara dos meus sentidos,
E eu fico confuso, perturbado, querendo perceber
Não sei bem como nem o quê...

Mas quem me mandou a mim querer perceber?
Quem me disse que havia que perceber?

Quando o Verão nos passa pela cara
A mão leve e quente da sua brisa,
Só tenho que sentir agrado porque é brisa
Ou que sentir desagrado porque é quente,
E de qualquer maneira que eu o sinta,
Assim, porque assim o sinto, é que isso é senti-lo...

Alberto Caeiro, Poesia

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Visita inesperada


Garralus glandarius (gaio-comum)
Ah, o dia começa lindamente com a rápida passagem de um dos (muitos!)elementos da orquestra que nos desperta todas as manhãs...

terça-feira, 10 de junho de 2008

Verde e vermelho


Prunus avium L. , Junho 08

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Dia Mundial do Ambiente


Plantas e animais em harmonia, Abril 07

Para este ano, as Nações Unidas lançaram o seguinte slogan: "Mude os seus hábitos! Rumo a uma economia com reduzida produção de carbono."

Com ele pretendem a consciencialização mundial para a preservação do meio ambiente e, muito importante!, que TODOS os paises se comprometam a reduzir a emissão de gases de efeito de estufa. Este dia irá ter também em destaque múltiplas iniciativas práticas que promovam uma economia com diminuição das emissões de dióxido de carbono, de mudanças no estilo de vida e na aposta em energias renováveis.

Pretende-se assim que os países, mas também as pessoas comuns, pratiquem as "boas maneiras ecológicas" - na verdade, quem não suspira por um futuro mais limpo?

Jorge Vilar

terça-feira, 3 de junho de 2008

Gaia


Herbário no Gerês Jul 07

Mais uma vez, hoje não quero nada nos ouvidos...
Quero ouvir-te a ti...
Quero que sejas a minha musica...
Quero ouvir-te, ver-te e sentir-te...
Deixar que te apoderes de mim...
Deixar que os meus sentidos saibam que existes,
E que te amem,
Para que mais tarde sintam a tua falta,
E me façam sempre voltar a ti...
Mafalda Pereira
NOTA: Gaia, segundo a mitologia grega, é a deusa da Terra.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Onde estão as quatro estações?


Lagoa de Santo André, Abril 08

Onde estão as quatro estações da minha infância?
Onde estão os Invernos chuvosos e frios?
Onde estão os Verões quentes com as suas noites espectaculares?
Tudo o que temos agora é calor e frio!

Durante o Inverno está quente, durante o Verão frio...
Primavera e Outono desapareceram...
Tanto chove no Verão como no Inverno!
Nevar? O que é isso?

Eu ainda me lembro dos Natais chuvosos
Em que a família s sentava ao pé da lareira a ouvir a chuva cair...
Nas férias de Natal, estar na cama de manhã,
A ouvir a chuva a cair, sentindo-me aconchegada...

Tudo o que temos agora são
Semanas em que chove
E outras em que faz sol...
Já nem sequer há uma época específica...

Como o mundo mudou em menos de 18 anos...

Catarina Cancela

terça-feira, 27 de maio de 2008

A verdadeira história das "coisas"...


Herbário no aterro sanitário "Planalto Beirão", Abril 07

Aqui! (legendado em português)

domingo, 18 de maio de 2008

Pastagens...


Digitalis purpurea, aspecto geral



«Formiga- pastor » e o seu rebanho de pulgões...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

"Efeito borboleta"


"O bater das asas de uma borboleta em Pequim pode provocar uma tempestade em Washington ou impedir a sua formação."

Será isto possível?

Edward Lorenz (1917- 2008) era matemático e meteorologista e descobriu acidentalmente, em 1961, aquilo que passou a ser conhecido como "efeito borboleta".

Foi durante um dos seus trabalhos meteorológicos que Lorenz quase sem querer "esbarrou" em algo fundamental, mas esquisito: durante uma simulação, Lorenz colocou no seu computador os dados da sua última "recolha" arredondados à milésima, coisa que para ele seria insignificante, mas que afinal se iria revelar de uma importância extrema. Esses valores viriam a causar uma discrepância enorme, o gráfico criado na simulação deveria coincidir com o da recolha de dados anterior, no entanto tal não sucedia; os gráficos eram semelhantes no início, mas com o decorrer do tempo ficavam cada vez mais distantes. Lorenz pensou que se tratava de uma avaria no computador mas rapidamente percebeu que o "erro" se devia ao arredondamento dos dados (o que parece insignificante no presente pode ser catastrófico no futuro!).

O bater das asas de uma borboleta parece inofensivo" mas se pensarmos no que esse processo poderá causar na atmosfera, séries de acontecimentos sucessivos e até imprevisíveis, tais como, criar ou deformar tempestades noutros locais! Isto acontece porque a atmosfera terrestre é muito sensivel e nela estão envolvidos vários elementos, como a pressão, a temperatura, a humidade, os ventos etc... Então, se esse bater de asas interferir, por exemplo, com os ventos, mesmo que de forma impercectível ( quase irrelevante) isso poderá fazer com que estes aumentem a sua intensidade, causando assim uma tempestade, se a humidade for elevada, entre outros factores. Caramba!

Mas não se pense que isto apenas interessa à meteorologia, o "efeito borboleta" está presente em tudo, até na economia. Hoje em dia, com o crescimento económico a ser avaliado quase diariamente, o mínimo erro poderá despoletar recessões económicas, que ao se agravarem podem conduzir a crises globais, que se reflectirão na vida da maioria (pobre!!) da população humana. Uma crise mundial pode levar a muitas perdas na sociedade, desde a baixa do poder de compra, redução na produção de alimentos, falência de empresas e consequente aumento do desemprego, até a morte de pessoas? Bem, isto assusta um bocado...

Na minha opinião, atitudes tipo "efeito borboleta" poderão ser importantes para salvar o planeta; ou acelerar a "morte" dele, se continuarmos a insistir no "deixa andar" da actualidade.

Se todos adoptarmos hoje boas práticas ambientais, por mais pequenas e insignificantes que possam parecer, mesmo lutando sózinhos contra a corrente, o desinteresse geral, o comodismo, quem sabe se esses pequenos gestos diários não terão um papel crucial no futuro da Terra? Mas se nos desleixarmos e não fizermos nada para mudar o nosso comportamento perante o ambiente, então o mais certo é estarmos a assinar uma "sentença de morte"...

Espero sinceramente que o vôo da borboleta nos inspire e ajude a evitar algumas das crises que se vislumbram no horizonte...

Jorge Vilar

Loneliness...

Whenever you feel
Lonely...
Sad...
Look at the stars,
To the bright ones...
Each one is a true friend...
Who goes with you
Wherever you go...

Always in your heart...

Catarina Cancela

sábado, 10 de maio de 2008

Azevinhos em flor


Flor com carpelo (parte feminina)


Flores com estames (parte masculina)

Ilex aquifolium L.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Planta carnívora (insectívora)


Aspecto da planta (flor amarela para a polinização entomófila)


Pormenor dos caules com pêlos glandulares, que enrolam
quando "caçam" insectos
Herbário na Serra de Aire e Candeeiros, Abril 08

Drosophyllum lusitanicum (L.)

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Porque nem tudo é o que parece...


Algarve, Agosto 05

Durmo contigo
Mas tu não estás lá...
Acordo sem ti,
Mas sempre contigo...

Fecho os olhos
E vejo-te...
Estás a milhas
Respiro o teu perfume
Ouço a tua voz...

Dá-me a mão,
Vamos voar,
Para esse mundo irreal,
Só tu e eu.

Vamos sonhar,
Sem nunca acordar...
Quero-te comigo...
Não sei como explicar.

Catarina Cancela

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Folhas de livros


Ilex aquifolium L. , Março 08

"As pessoas que dizem não ter tempo para pensar surpreendem-me. Pela minha parte, posso pensar em duas coisas ao mesmo tempo. Pesar legumes, falar da chuva e do bom tempo com os fregueses, discutir com Mary ou amá-la, zangar-me com as crianças... nenhuma destas actividades impede a marcha de um segundo conjunto de pensamentos, de reflexões, de conjuncturas. Isto deve acontecer com toda a gente. Não ter tempo de pensar deve equivaler a não ter vontade de pensar."

John Steinbeck, O Inverno do Nosso Descontentamento (1962)
Tradução de João Belchior Viegas

terça-feira, 22 de abril de 2008

Dia da Terra


Pegada dos Adubinhos, Abril 08

Caro leitor, já mediu a sua pegada ecológica?

Vá a
Earth Day Footprint Quiz e espante-se se lhe chamarem Bigfoot...

Informações: Earthday

Knock-knock-knockin' on heaven's door...


Nature is calling!

"Acordar de manhã e pensar diferente!"
Timothy O' Riordan

Nota: o título deste post foi retirado de uma canção de Bob Dylan, Knockin' on Heaven's Door (album "Pat Garrett and Billy the Kid", 1973)

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Desejo


Carvalho velho, Abril 08

Que os carvalhos por nós plantados em Belazaima atinjam a idade e o porte deste belo exemplar...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Ginkgo Power!

Originária do Extremo Oriente e pertencente à família das Ginkgoaceae, a Ginkgo biloba é considerada um fóssil vivo (com mais de 270 milhões de anos). Apresenta uma enorme capacidade de resistência em condições ambientais adversas, como poluição, pragas e radiação, tendo sobrevivido às explosões atómicas no Japão (!). A árvore pode atingir tamanhos de 20 a 35 metros de altura.

As suas folhas têm grandes poderes medicinais e os seus extractos podem ser usados para melhorar o sistema sanguíneo, combater os danos causados nas células por radicais livres, agindo como antioxidantes. Têm também a capacidade de auxiliar a oxigenação do cérebro. Aliás, na medicina tradicional chinesa, estas folhas são usadas para tratar várias doenças: asma, bronquite, má circulaçao, problemas de pele e até dores de estômago. Contudo os seus frutos tem um certo cheirinho... (lembram-se?)

Esta planta pode encontrar-se um pouco por tudo o mundo sendo capaz de resistir a temperaturas (muito) negativas mas também temperaturas elevadas...

Quanto ao período de maturação sexual, a árvore é fértil entre o 20º e o 1000º ano de vida, garantindo muita estabilidade no que diz respeito à conservação do material genético.

Pesquisa realizada por Mafalda Pereira



"Reservatórios de chuva!


Céu de Lafões, Abril 08

Hum, caem pérolas do céu?

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Recuperação Ecológica: miragem ou realidade?


Passeio no carvalhal, Abril 08

Ontem, as turmas do 12ºA e 12ºB meteram-se ao caminho até Belazaima do Chão, concelho de Águeda. Esta "aula de campo" tinha como principal objectivo mostrar in situ os trabalhos de recuperação ecológica, tipo o "Antes" e o "Depois". Para tal subimos ao Cabeço Santo (uf, que canseira...) para observarmos até perder a vista, extensas áreas de eucaliptal e acácias, à mistura...

O primeiro passo para recuperar a nossa floresta autóctone é eliminar (tanto quanto possível) as espécies infestantes presentes, para que estas não interfiram com o desenvolvimento das plantas nativas. Então, para percebermos o quanto é árduo o trabalho de recuperação, e deixarmos uma marca para o nosso futuro, melhor!, o futuro dos nossos filhos (!), deitamos mãos à obra e procedemos ao arranque e corte de plantas infestantes, as acácias, que proliferam naquele solo como cogumelos (completamente destruído por incêndios e sujeito à exploração intensiva de eucaliptos).

O passo seguinte engloba a plantação de espécies vegetais autóctones, como por exemplo carvalhos, azevinhos ou sobreiros, protegendo-os de eventuais predadores e também aí demos o nosso contributo, plantando um pouco mais de trinta árvores. Talvez esta tenha sido a parte mais apreciada por todos, até os espíritos mais "duros" amoleceram ao devolver ao solo plantinhas frágeis mas que um dia serão robustas e magestosas árvores... como se pode ficar indiferente à plantação de árvores? Depois, obviamente, é necessário cuidá-las (proteger e regar, entre outros) e esperar bastante até que se desenvolva uma floresta como falam os livros de histórias...

Impressionou-nos a pobreza em espécies existente na zona de eucaliptal, por oposição à biodiversidade na floresta autóctone: o eucaliptal é seco, quase sem vegetação, apenas se vêem eucaliptos, enquanto que no carvalhal apreciamos um verdadeiro ecossistema, sente-se a vida a pulular, os pássaros cantam e diversas espécies interagem entre si, mantendo um equilibrio "perfeito".

Assim, passámos um dia agradável (tirando a parte de termos caminhado "bastante"), em que aprendemos muito sobre "Recuperação Ecológica". Mais iniciativas destas são de louvar, porque chegou-se ao "momento H": o de agirmos sem esperar que políticos ou outros o façam por nós...


Ah! Medronheiros e salgueiros NÃO SÃO acácias! (eheh...)

Saber mais: Trabalhos de recuperação ecológica

Jorge Vilar

domingo, 6 de abril de 2008

"Foi você que pediu sementes de azevinho?"


Adubinhos a preparar envelopes, Mar 08

Caríssimos leitores, as nossas desculpas por não actualizarmos o blogue tão frequentemente como desejaríamos, mas agora, com a campanha "Semear Azevinhos" a todo o gás, andamos prioritariamente a atender todos os pedidos o mais rápido possível. Em simultâneo, preparamos a colaboração com a Câmara Municipal de S. Pedro do Sul na sensibilização para a importância das plantas autóctones, ao longo do 3º período escolar. Vamos trabalhar em conjunto, boa!

Agradecemos a todos os que nos têm ajudado a promover a campanha, e queremos também que fiquem a saber que ainda há sementes para muitas pessoas, por isso, venham os pedidos!

Catarina Cancela

sexta-feira, 4 de abril de 2008

J. D. Salinger


A erva é verde? Mar 08

"... «O que é que fazia se pudesse mudar o sistema educativo?- perguntou ambiguamente. - Já alguma vez pensou nisso?»//- Bem... Não sei muito bem o que fazia - disse Teddy. - O que sei é que estou bastante convencido de que não começava com as coisas que as escolas normalmente começam. - Cruzou os braços e reflectiu uns instantes. - Acho que primeiro reunia as crianças todas e lhes mostrava como meditar. Tentava mostrar-lhes como descobrir quem são, não apenas os nomes delas e coisas do género... Acho que, mesmo antes disso, as levava a esvaziarem-se de tudo o que os pais e toda a gente lhes disse. // Nem sequer lhes dizia que a erva era verde. As cores não passam de nomes. Quer dizer, se lhes dizemos que a erva é verde, isso faz com que estejam à espera que a erva tenha um certo aspecto, o aspecto que está na cabeça delas, em vez de outro aspecto qualquer que pode ser tão bom, ou mesmo muito melhor do que esse... Não sei. Fazia-as só vomitar o pedaço da maçã que os pais e os outros lhes tinham dado a trincar.
- Não havia o risco de se estar a educar uma geração de ignorantes?
- Porquê? Não seriam mais ignorantes do que o é um elefante. Ou um pássaro. Ou uma árvore - disse Teddy. - Só porque uma coisa é de certa maneira, em vez de se comportar de certa maneira, não quer dizer que seja ignorante.
- Não?
- Não! - disse Teddy. - Além disso, se quisessem aprender as outras tretas todas, nomes e cores e essas coisas, podiam fazê-lo, se lhes apetecesse, mais tarde, quando fossem mais velhos. Mas eu gostaria que começassem por todas as verdadeiras maneiras de olhar para as coisas, e não só da maneira como todos os outros comedores de maçãs olham para as coisas, é isso que eu quero dizer."

Jerome David Salinger, Teddy ( Nine Stories, 1953)
Trad. de José Lima

domingo, 30 de março de 2008

Em Defesa da Reserva Ecológica Nacional

Assine a petição!

(conhecimento através do Pastel de Vouzela; já provou?)

sexta-feira, 28 de março de 2008

Rendas delicadas


Teia no solo enfeitada com brilhantes de água, Março 08

quinta-feira, 20 de março de 2008

Poesia & Primavera


Flores silvestres, Mar 08

Dos laivos brancos que há no céu pra enfeitar
descendo à fruta já madura do pomar
e arrufando nas varandas
asas negras como as tranças
das meninas que à janela se vão pentear

há campos verdes onde cresce o malmequer
branco, amarelo com o bico o vai colher
e voltando pràs varandas
com a flor enfeita as tranças
das meninas que à janela se vão recolher

um sol de Março
um vento fresco
e o canto alegre de fazer o ninho nos beirais
um campo verde
um sol aceso
e as meninas de outros tempos com seus aventais

de telha em telha saltitando sem voar
no espaço aberto agitando o seu cantar
trazem côr para as varandas
trazem laços para as tranças
das meninas que à janela se vão encantar

o sol demora no calor que faz dormir
o canto é lento é lindo é calma a descobrir
e as meninas nas varandas
os cabelos já sem tranças
debruçadas para os laços que viram cair

um sol de Março
um vento fresco
e o canto alegre de fazer o ninho nos beirais
um campo verde
um sol aceso
e as meninas de outros tempos com seus aventais

Mafalda Veiga (Pássaros do Sul, 1987)

terça-feira, 18 de março de 2008

Céu


Herbário nas nuvens, Fev 08

quinta-feira, 13 de março de 2008

Azevinhos em viagem?


Adubinhos em acção... hoje!

quarta-feira, 12 de março de 2008

Anúncio de Primavera


Cerejeiras em flor, Mar 08

sexta-feira, 7 de março de 2008

"O Mundo Sem Nós"


"Lisboa sem Nós", Ilustração de Kenn Brown

«É impressionante pensar que, um dia, toda a Europa se pareceu com esta Puszcza. Entrar nela é perceber que a maioria de nós cresceu diante de uma pálida ideia das intenções da natureza. Olhar para sabugueiros com troncos de mais de um metro de largura, ou caminhar por entre as maiores árvores daqui -gigantescos abetos da Noruega, velhos como Metusalém- deveria parecer tão exótico como a Amazónia ou a Antártida para alguém criado entre as zonas arborizadas comparativamente ralas e replantadas que existem ao longo do hemisfério norte. No entanto, o que é espantoso é sentir como tudo isso nos é ancestralmente familiar. E, a um certo nivel celular, como é completo

Alan Weisman

(Nota:"Puszcza" é uma floresta ancestral localizada entre a Polónia e a Bielorússia e "Metusalém" é o nome de uma personagem bíblica que terá vivido centenas de anos, "muito velha" mesmo)

quinta-feira, 6 de março de 2008

Conversas de Herbário: "True colors are beautiful, like a rainbow... "


Autoretrato de T-shirt, Diogo Freitas da Costa
2006, acrílico s/tela, 40x40cm

Pode apresentar-se, por favor?
Chamo-me Diogo Freitas da Costa, tenho 35 anos, sou português e vivo em Lisboa.

O que faz?
Sou Pintor, Artista Plástico.

Que dificuldades tem, como pintor, nos dias de hoje? E quais são para si as compensações, ou seja, por que se realiza nesse tipo de trabalho?
A maior dificuldade, em termos materiais, é assegurar a estabilidade financeira. Ter um trabalho que permita fazer planos ou desenvolver projectos a longo prazo, sem preocupaçoes financeiras. Noutro plano, embora indirectamente relacionado com o anterior, a grande dificuldade para mim enquanto pintor é o meu desenvolvimento profissional. O tipo de realização num trabalho como a pintura é imenso. È uma fonte de prazer e de aprendizagem. É um grande desafio físico ( visual, motor, etc) e mental (idealização, compreensão, conceptualização), e o resultado que se pode obter dá-nos satisfação nesses dois domínios. Além disso, a conseguir por sua vez fazer outros experimentarem essa mesma satisfação é muito bom.

Gosta que a sua arte chegue às pessoas? Como sente a critica? Qual o seu valor?
Gosto. Da mesma maneira que gosto de ver arte de outros. A crítica é muito importante. É importante saber pôr o trabalho em primeiro plano, e não interpretar as criticas que lhe façam como criticas a nós.

Segue a sua inspiração ou pelo contrário procura perceber o que as pessoas apreciam? Ao pintar sente-se de alguma forma condicionado? É livre a pintar?
É impossivel não se ser condicionado, ter limites (internos e externos). É tão importante quanto a crítica dos outros. Gosto de saber o que os outros apreciam, e isso não diminui a minha liberdade a pintar.

Das pinturas que realizou tem alguma favorita? Podemos saber? Fale-nos do que gosta de pintar, os seus temas/ inspirações.
Não tenho nenhuma pintura favorita. Gosto de pintar o que vejo. Gosto da sensação de transformar uma coisa que vejo num objecto que por sua vez é visto por outros. Para usar um termo da ecologia, é parecido com reciclar a visão.

Pode dar-nos a sua definição pessoal de “Arte” e de “Belo”? Estão sempre ligadas?
Não tenho uma definição minha, nem para arte, nem para belo. Penso que são conceitos inseparaveis, mas dificeis de definir. Penso que a beleza é sempre um parâmetro central em toda a produção de arte.

Sendo artista, como vê a Natureza? Que importância ela tem para si?
O outro dia fui ver a definição de natureza num dicionário, e encontrei uma definição segundo a qual a natureza é tudo aquilo que existe independentemente da acção humana. Acho uma boa definição.

Diogo Freitas da Costa
Saber mais: Aqui!

Nota: O titulo deste post foi retirado de uma musica de Cindy Lauper - "True Colors" ( lyrics by T. Kelly/ B. Steinberg) Album "True colors", 1986

segunda-feira, 3 de março de 2008

Pragas lindas!


Acacia dealbata em flor, Mar 08

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Campanha "Semear azevinhos 2008"


Diogo Freitas da Costa, 2008

A partir de agora ele vai andar por aí ...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Botões da época...


Ameixoeira quase em flor..., Fev 08

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Simplicidade (VIII)


O Martim-Pescador, V. Van Gogh
Paris, 1886
Óleo sobre tela, 19x 26,5 cm
Amsterdão, Museu Van Gogh


Algumas proposições com pássaros e árvores

QUE O POETA REMATA COM UMA REFERÊNCIA AO CORAÇÃO

Os pássaros nascem na ponta das árvores

As árvores que eu vejo em vez de fruto dão pássaros
Os pássaros são o fruto mais vivo das árvores
Os pássaros começam onde as árvores acabam
Os pássaros fazem cantar as árvores
Ao chegar aos pássaros as árvores engrossam movimentam-se
deixam o reino vegetal para passar a pertencer ao reino animal
Como pássaros poisam as folhas na terra
quando o outono desce veladamente sobre os campos
Gostaria de dizer que os pássaros emanam das árvores
mas deixo essa forma de dizer ao romancista
é complicada e não se dá bem na poesia
não foi ainda isolada da filosofia
Eu amo as árvores principalmente as que dão pássaros
Quem é que lá os pendura nos ramos?
De quem é a mão a inúmera mão?
Eu passo e muda-se-me o coração

Ruy Belo, Obra Poética de Ruy Belo(1990)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Timothy O'Riordan: "Preparando a sociedade e o ambiente para a sobrevivência global"


Nas redondezas da escola, Abril 07
Terça-feira passada, o Prof. O'Riordan esteve na Fundação Gulbenkian para partilhar as suas ideias sobre a Crise Global do Ambiente. Gostaria de vos resumir o que foi dito.

Introdução (3 noções)
Segundo O'Riordan estamos perante uma Crise Humana e não Ambiental (1ª), uma vez que o planeta já nos mostrou que é extremamente resistente e «se limpou» várias vezes de processos e dinâmicas impostas pelo homem. Este, tem de compreeender a consequência das suas acções pois está-se a passar por um período sem precedentes neste planeta! Temos de ter a capacidade de "fazer alguma coisa": não podemos mais fugir, alegando ignorância. Para este professor é preciso uma nova forma de viver, de nos comportarmos, de pensarmos! A crise ambiental global é uma combinação entre a biosfera/geosfera e o conhecimento humano; a capacidade e o conhecimento humano fazem parte da crise mas também da solução!

E o que se pode dizer acerca do Ponto de Viragem (2ª)? Não constitui um dado adquirido, mas a existir, ele será "não-linear", "não previsível" e quando acontecer mudará totalmente o que aconteceu até então. Não terá de ser necessariamente para o mal, poderá ser também para o bem. A 3ª noção é lidarmos com uma boa governação: todos temos de trabalhar em conjunto para tratarmos dos nossos assuntos. A responsabilidade cabe ao governo, tanto a nível global como local. Para T. O'R. o patamar "local" é o mais importante neste século, para termos um processo de globalização que possa vir a funcionar. O termo adequado para resumir esta noção é(segundo O'Riordan)"companheirismo" (mais do que "parceria"): "precisamos uns dos outros para criarmos a sobrevivência".
«O verdadeiro ponto de viragem é tornarmo-nos "companheiros deste planeta", não "habitantes do planeta".»

Alguns dados para reflexão...
Vivemos na era do domínio humano: a Terra já não é natural mas um fenómeno totalmente subjugado e alterado: é a Natureza que está nas nossas mãos e aos nossos pés...

- 60% da energia que chega a este planeta está a ser transformada noutro tipo de energia (uso humano).
- Até ao final do século podemos ter perdido 1/3 de todas as espécies: quase ninguém tem capacidade para perceber a dimensão deste fenómeno ( mais de 3 milhões de anos até a Terra voltar a recuperar as espécies perdidas).
- 1/6 ( reparem: 1,1 bilião de pessoas como nós!) da população mundial não tem acesso a água potável (bastaria uma pequena fracção do orçamento militar dos EUA...).

- 2,6 biliões vivem sem condições sanitárias mínimas.
- 1,2 milhões de crianças morrem anualmente por não terem água potável (3500 crianças/dia).
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Desenvolvimento Sustentável: o que fazer?
A acção da comunidade local é fundamental na mudança: mais do que «pensa global e age local», o professor recomenda: «age e pensa globalmente e faz o mesmo localmente». As pessoas são brutalizadas no sentido de perderem a sua auto-estima; todos nós precisamos de nos sentir bem e sentir uma ligação para termos bem-estar. A sociedade tem de melhorar estes pontos para ter êxito; dar às pessoas conhecimentos para que possam tomar «decisões difíceis» e saberem gerir/ ganhar competências, neste domínio ambiental. O papel da Educação tem a ver com a capacidade de dar às pessoas habilidades para lidar com isto.

Todos precisamos de tempo para ler, para reflectir, para termos espiritualidade, para sentirmos que fazemos parte de um acto criativo... O bem-estar é uma noção muito rica em termos humanos, a parte económica é bem mais pequena, apesar de a nossa vida ser dominada por ela.

Características humanas
VIRTUDE para a transição da sustentabilidade. Sermos companheiros uns dos outros, o que poderemos fazer para os outros?
RESPONSABILIDADE para connosco e para com os outros; a partilha, o trabalho em conjunto faz-nos "aumentar" como seres humanos: sermos cidadãos do mundo!
COMPAIXÃO e JUSTIÇA, no fundo ser-se virtuoso - todos - incluindo os governos e respectivos políticos (!) Dar às pessoas a oportunidade de praticarem o bem, de serem criativas...
CONHECIMENTO CIENTÍFICO juntamente com o reconhecimento que as pessoas têm de ter uma melhor compreensão e consciência do que são: Integrar o conhecimento científico na acreditação dos nossos actos!

Conclusões
1ª Sonho de Vida: Todas as Escolas devem ser laboratórios de virtude e de sustentabilidade!!
As crianças de hoje devem viver, agir para a sustentabilidade, para chegarmos a algum lado, daqui a 20 anos.
2ª Todas as pessoas devem ter o contacto directo com a Natureza, todos os dias!
3ª Acordar de manhã e pensar de forma diferente!

Entrevista: aqui!
Conferência: ver as imagens

gabriela

domingo, 24 de fevereiro de 2008

"A Banhos"


Acrílico s/Tela
41x65cm
2007

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Era uma vez


Ilex aquifolium L. (azevinho)

... três raparigas (uma delas de meia-idade já) e um rapaz. Convém referir a vulgaridade destas pessoas, um grupo heterogéneo em muitos aspectos mas com o gosto, comum, pelas árvores, a natureza selvagem. Eles trabalhavam conjuntamente num pequeno projecto sobre plantas e ambiente, em que a mulher velha era uma espécie de "orientadora", propunha tarefas e distribuía-as consoante o gosto pessoal de cada um; ouvia os jovens na sua criatividade, elogiando-os mas também ralhando quando os sentia preguiçosos, distraídos: enfim, uma "mãe-de-trabalho".
Um dia, igual a todos os outros que estão próximos do Natal, em que se sente o espírito da quadra e se fica com vontade de fazer algo relacionado mas diferente - uma certa necessidade «obscura mas urgente» em mudar o mundo, romper com a vulgaridade sufocante das rotinas - a conversa entre eles andava às voltas, ia e vinha na procura de inspiração para textos escritos. Esses trabalhos seriam (como de costume) publicados na internet no endereço de um blogue, o deles. Assim, o rapaz - que ficou encarregue de escrever algo sobre o Dia Nacional da Floresta Autóctone -resolveu apelar à preservação do azevinho selvagem. E se as pessoas plantassem azevinhos nos seus quintais em vez de espécies introduzidas e caras (!), palmeiras e outras afins, que destoam imensamente no nosso ambiente paisagístico? Por que não?
Esta ideia ficou a roer, rrr, as cabeças deste grupo pelo resto do dia, especialmente a da "velhota", que se inquietou ao sentir que por vezes é tão fácil mudar o curso do caminho... basta ser ousado e acreditar na diferença? No instante seguinte estavam todos reunidos a tagarelar (hum, discutir) sobre a oferta de frutos dos azevinhos dos seus quintais - por sorte possuiam algumas árvores repletas: era só o trabalho de os recolher, guardar e distribuir pelos interessados. Caramba, até parecia fácil...

Este é o começo da nossa história. Como acabará?
gabriela

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Pássaros urbanos


Pombos e corvos em Paris, Jan 08

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

B.I. Vegetal


Ilex aquifolium L., Dezembro 07

Nome cientifico: Ilex aquifolium L.

Habitat: acompanha o coberto vegetal natural de características atlânticas e subatlânticas da Europa, encontrando no carvalhal caducifólio o seu habitat, assim como nas margens de cursos de água; por vezes é pioneira nas áreas temperadas.

Distribuíção geográfica: Nativa de regiões temperadas (norte de África, Europa ocidental, meridional e Ásia). Em Portugal encontra-se espontaneamente nas serras ocidentais, nas zonas de influencia atlântica.

Características da espécie: Arbusto ou árvore de folhas persistentes, com crescimento lento que pode atingir até 20 metros de altura, de copa cónica e estreita. Espécie funcionalmente unissexual, e mais raramente hermafrodita (as plantas femininas têm estames rudimentares sem anteras e as masculinas possuem um pequeno ovário). Casca lisa, cinzenta, tornando-se rugosa com a idade.

Constituintes- Ilicina- um constituinte amargo; Flavonóides- (rutina, glicósidos da quercetina, campferol); taninos; ácidos aromáticos (clorogénico), triterpenos (amirina, ácido ursólico) e resina.

Época de Floração- Maio/Junho.

Época de Frutificaçao- amadurecem no final do Verão e perduram durante o Inverno.

Folhas- alternas, possuem margem ondulada e espinhosa, (encontrando-se por vezes nas partes mais altas dos exemplares maiores, folhas quase sem espinhos), 5-12 cm de comprimento, coriáceas, com uma forte nervura marginal verde clara, glabras, verde-lustroso na pagina superior e verde-mate na página inferior da folha.

Flores- pequenas (até 1 cm de diâmetro), brancas, funcionalmente unissexuais ou, mais raramente hermafroditas.

Fruto- drupa, carnudo, globuloso, com 4 a 5 sementes; pequeno, vermelho.

Aplicações medicinais: Planta pouco estudada e talvez por isso pouco usada em preparações fitoterápicas. Os constituintes amargos conferem-lhe propriedades eupépticas.É usada em afecções reumáticas devido à sua acção diurética; bronquite crónica, perda de apetite, icterícia. O cozimento das folhas frescas é sudorífico (provoca transpiração) e febrífugo (faz baixar a febre).
As bagas são tóxicas: a sua ingestão (pensa-se que a partir de 5) pode causar diarreia, vómitos e convulsões.

Curiosidades: A familia das Aquifoliaceae, à qual pertence o azevinho, possui uma via metabólica capaz de levar à produçao de cafeína.


Adaptado de: Jornal da Quercus (janeiro/fevereiro 2008), de "FLORA IBERICA, Plantas Vasculares de la Península Ibérica e Islas Baleares" (vários autores) e de "Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia" (vários autores), da Fundação Calouste Gulbenkian.

Mitos e Lendas: O azevinho é um dos símbolos do Natal porque dizem que "estendeu os seus ramos" durante a fuga da Sagrada Família para o Egipto para esconder Maria e o Seu Filho e assim impediu que os soldados de Herodes matassem o Menino Jesus. Então Maria, em agradecimento, abençoou o azevinho que, desde então, permaneceu sempre verde.
Para além de oferecer azevinho como presente, os romanos consideravam-no um símbolo de paz e felicidade, e os magos celtas usavam-no como antídoto contra venenos.


Jorge Vilar

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Eclipse Total da Lua


A Lua a preparar-se para "brincar às escondidas"...

Caros leitores, esqueçam as novelas, as entrevistas secantes a políticos e outros programas televisivos, absolutamente sem interesse. Hoje o vosso serão, pela noite dentro poderá ser diferente... E que tal uma lufada de ar fresco? Sair, ir até à varanda e observar o eclipse lunar total a começar após a meia-noite? A não perder!

Apelo


Herbário nos arredores da escola, Abril 07

Sejamos sensatos!
Cresçamos e admitamos que temos errado!
Que temos cometido erro após erro e que nunca, senão agora, nos preocupamos com isso!...
Agora queremos remediar tudo de uma vez, mas é dificil!...
Nem todos querem ceder!
Querem pôr-se em primeiro lugar!
Não pode ser!

Quando amámos alguém, quantas vezes não nos deixámos para trás para pôrmos em primeiro lugar a pessoa amada?... Muitas, estarei certa?
Então, deixemo-nos a nós e punhamos em primeiro lugar aquilo que nos é vital! E não, não falo do dinheiro ou coisas afins... Falo, isso sim, do nosso bem primeiro, sem o qual não haveria mais bem nenhum: a Natureza.

É por ela que vos apelo e que vos peço que deis o braço a torçer... que vos deixeis de egocentrismos e a ponhais em primeiro lugar se quereis ser "eternos"! Pois sem Ela, sabeis bem, todos morreremos!
Há tanto a fazer!!! E sois vós, homens do poder, que deveis dar exemplos e incentivos!...
Só por si, nós não sabemos o que fazer, por onde começar! Por isso, dai-nos as mãos. Unamo-nos como irmãos que, sendo filhos Dela, e vendo-A adoecer, unem esforços e forças para a salvar. Não só porque a amam, mas também porque se amam a si mesmos. E porque sabem que quando ela morrer, morrerão também!
Como tal, lutemos por nós e por Ela!

A vós, Ó grandes!

Mafalda Pereira

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

«Onde está o Wally?»


Jardins suspensos, Paris, Jan 08

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Podemos ficar indiferentes?

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Como uma "força"...


Herbário no Pisão, Jan 07
Hum, as plantas "partem pedra"?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Ginkgo biloba


Frutos (fedorentos) de Ginkgo biloba, Jan 08

Numa bela manhã de Janeiro, estávamos muito descansados (a dormir) numa aula de Biologia quando a nossa amável (pensávamos nós) professora disse que tinha uma surpresa para nós... Boa, acordar geral!
Estavamos já todos contentes a tentar adivinhar "a prenda" - bolo de chocolate recheado de pepitas e creme de chocolate com cobertura de chocolate (era bom rapazes...), caramelos de chocolate, chocolatinhos recheados...- quando alguém pediu uma pista: «Professora, é de comer?»
«Ah, nã-nã, é uma coisa que eu prometi que vos trazia...Quem se lembra?»
Hum... mistério. Continuámos a magicar o que seria, até que alguém inspirado disse: «É aquele fruto da árvore que visitamos no jardim do Príncipe Real, em Lisboa na viagem ao "Corpo Humano?"» (mais valia estar calado). Pois... Aqui está a resposta certa. Mas muitos de nós ainda não sabiam o que nos esperava. Até que a professora foi buscar algo com extremo cuidado (?) e nos explicou que para trazer os tais frutos teve de os "proteger" muito bem: de outra maneira sentia-se o cheiro...

« O CHEIRO???»
Pois, era o cheiro. Começou a desembrulhar um saco... Depois outro saco e mais outro, até ao último (nós de olhos pregados). Bem, eram uns frutos pequenos e "mirrados" - tipo tâmaras que passaram meses num porão de navio bolorento - embrulhados em montanhas de lenços de papel. Colocou-os em meia caixa de petri e foi passando por todos. Caramba! Nunca tinhamos cheirado nada tão, tão - sei lá! Sentia-se intensamente o odor que emanava daqueles frutos aparentemente apetecíveis. Pois fiquem a saber, caros leitores, que "aquilo" cheirava a um misto de vomitado e podre de século passado (decomposição mesmo). Era terrivelmente pior que bosta de animal carnívoro com volta à barriga! Hug, que horror! No final, decoramos um nome: Ginkgo biloba: a planta em que é proibido cheirar os frutos! (prometemos fazer um post a reabilitar a reputação desta bela árvore oriunda da China...)


Apelo: bolo de chocolate é a surpresa ideal para alunos como nós...

Catarina Cancela

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

S. Valentim...


Romance no jardim da escola, Abril 07