Recuperação Ecológica: miragem ou realidade?
Passeio no carvalhal, Abril 08
Ontem, as turmas do 12ºA e 12ºB meteram-se ao caminho até Belazaima do Chão, concelho de Águeda. Esta "aula de campo" tinha como principal objectivo mostrar in situ os trabalhos de recuperação ecológica, tipo o "Antes" e o "Depois". Para tal subimos ao Cabeço Santo (uf, que canseira...) para observarmos até perder a vista, extensas áreas de eucaliptal e acácias, à mistura...
O primeiro passo para recuperar a nossa floresta autóctone é eliminar (tanto quanto possível) as espécies infestantes presentes, para que estas não interfiram com o desenvolvimento das plantas nativas. Então, para percebermos o quanto é árduo o trabalho de recuperação, e deixarmos uma marca para o nosso futuro, melhor!, o futuro dos nossos filhos (!), deitamos mãos à obra e procedemos ao arranque e corte de plantas infestantes, as acácias, que proliferam naquele solo como cogumelos (completamente destruído por incêndios e sujeito à exploração intensiva de eucaliptos).
O passo seguinte engloba a plantação de espécies vegetais autóctones, como por exemplo carvalhos, azevinhos ou sobreiros, protegendo-os de eventuais predadores e também aí demos o nosso contributo, plantando um pouco mais de trinta árvores. Talvez esta tenha sido a parte mais apreciada por todos, até os espíritos mais "duros" amoleceram ao devolver ao solo plantinhas frágeis mas que um dia serão robustas e magestosas árvores... como se pode ficar indiferente à plantação de árvores? Depois, obviamente, é necessário cuidá-las (proteger e regar, entre outros) e esperar bastante até que se desenvolva uma floresta como falam os livros de histórias...
Impressionou-nos a pobreza em espécies existente na zona de eucaliptal, por oposição à biodiversidade na floresta autóctone: o eucaliptal é seco, quase sem vegetação, apenas se vêem eucaliptos, enquanto que no carvalhal apreciamos um verdadeiro ecossistema, sente-se a vida a pulular, os pássaros cantam e diversas espécies interagem entre si, mantendo um equilibrio "perfeito".
Assim, passámos um dia agradável (tirando a parte de termos caminhado "bastante"), em que aprendemos muito sobre "Recuperação Ecológica". Mais iniciativas destas são de louvar, porque chegou-se ao "momento H": o de agirmos sem esperar que políticos ou outros o façam por nós...
Ah! Medronheiros e salgueiros NÃO SÃO acácias! (eheh...)
Saber mais: Trabalhos de recuperação ecológica
Jorge Vilar
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