quinta-feira, 26 de abril de 2007

Se eu mandasse... (III)

No nosso país pouco ou nada se vê fazer pelo ambiente natural. Publicam-se leis, decretos para defender a Natureza, mas depois aparecem sempre excepções, casos especiais, empresas (ou interesses) acima (ou fora) da lei e esta não é cumprida, por vezes até alterada...

Um dos graves problemas ambientais com que este nosso país se depara é a poluição das águas, sendo frequente a descarga de esgotos de fábricas e de suiniculturas no rio mais próximo, ou melhor, muitas fábricas e suiniculturas já se encontram estrategicamente situadas para a evacuação dos resíduos!
Eu sei que é muito complicado controlar estas descargas, mas na minha opinião, se eu mandasse, para evitar que houvesse uma maior rede de poluição impediria a construção de qualquer tipo de fábrica perto de rios ou até do mar… até porque é vergonhoso para o país (que tem muitas zonas turísticas) ter esgotos em zonas que são frequentemente visitadas não só por portugueses mas também por estrangeiros, dando assim uma má imagem do país!


Também entendo que, quem fosse descoberto a fazer descargas poluentes em sítios que não são próprios, como os rios e oceano, deveria ser "chamado à atenção" publicamente, pelo acto vergonhoso que se atreveu a praticar, tendo de prestar serviço comunitário e suportar as despesas, no sentido de resolver o problema de poluição, por si causado…

João

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Conversas de Herbário: "I only ask of God, he won't let me be indifferent to the injustice..."


Theobroma grandiflorum (cupuaçeiro)
(Foto extraída de http://www.biopirataria.org/)


Inia geoffrensis, golfinho-roaz ou boto
(Foto extraida de http://www.saudeanimal.com.br/)

Pode apresentar-se, por favor?
O meu nome é Ana Marceli Souza. Sou brasileira e moro no Estado de Roraima, situado na região norte do Brasil.

O que faz?
Sou Advogada. Trabalho como Assessora Jurídica do Centro Educacional e Social da Consolata e da Diocese de Roraima. Colaboro com alguns movimentos sociais ligados ao "Nós Existimos" (Associação que luta pela vida, cidadania e justiça social) . Colaboro também com algumas organizações indigenistas entre as quais a Comissão Pró-Yanomami e organizações Indígenas: Hutukara Associação Yanomami .
Faço palestras sobre Educação Ambiental (90h) aos alunos do Centro Indígena de Formação e Cultura Raposa Serra do Sol, bem como palestras nas periferias da Cidade de Boa Vista-RR sobre Voto Ético, Violência doméstica, Direito de Família, Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatudo do Idoso e outros temas necessários à conscientização das pessoas menos favorecidas.

Porque escolheu essa profissão? Como chegou até ela?

Foi uma decisão difícil. Estudei bastante. Dividi o meu tempo priorizando sempre os estudos, sem, contudo, prejudicar os meus momentos de lazer e o convívio familiar.
Escolhi a minha profissão partindo do princípio de que não poderia pensar somente em mim, em ganhar dinheiro ou fama. Desejava fazer a minha parte na construção de um mundo melhor, mais justo, digno e humano.
Depois de graduada, percebi que não poderia ficar sentada atrás de uma secretária a despachar processos e atender clientes. Queria fazer algo mais. Desejava compartilhar os meus conhecimentos com os menos favorecidos e os excluídos.
Um amigo meu, que é Padre da Congregação da Consolata, trabalhava na área indígena. Na data de 06 de janeiro de 2004 ele foi seqüestrado por um grupo de pessoas que defendia a permanência de ocupantes não índios dentro da reserva indígena.
Os Missionários da Consolata resolveram contratar-me para acompanhar os inquéritos policiais e propor as ações judiciais que fossem necessárias. Esse foi o despertar da minha carreira, pois, a partir daí, comecei a ter contato com os membros do " Nós Existimos", com o Centro de Atendimento aos Migrantes e Indígenas na Cidade ( CAMIC) e com Advogada Joênia Batista Wapichana, do Conselho Indígena de Roraima (CIR).

Que dificuldades sente a exercê-la?
Somos apenas 3 ou 4 advogados que estão envolvidos com a causa das minorias (trabalhadores rurais, migrantes, indígenas etc). É muito trabalho e são poucos os trabalhadores.
Temos que lutar contra toda uma concepção preconceituosa ainda presente na sociedade local em relação aos migrantes, indígenas. É muito difícil fazer entender que ao lado da nossa cultura existe outra igualmente importante e que precisa ser respeitada para fins de uma coexistência harmoniosa. Temos muito a aprender uns com os outros.

Já foi ameaçada? Conte-nos, se possível, uma situação “difícil”.

Eu, particularmente, não sofri ameaças, mas já fui difamada.
A minha família já foi ameaçada de morte por causa do trabalho do meu marido, que é Promotor de Justiça e atua no combate contra a corrupção. Já tive que me esconder na casa de amigos em virtudes de investigações por ele realizadas. Somos obrigados a restringir o nosso círculo de amizade, pois não podemos confiar em todos os que de nós se aproximam.
Na minha atuação algumas vezes em finais de semana, feriados, noites e madrugadas recebi notícias de violências. Por exemplo, na madrugada de setembro de 2005 fui acordada às 5:30 horas pelos missionários que informaram o incêndio criminoso no Centro Indígena de Formação e Cultura Raposa Serra do Sol, antiga Missão Surumu.

E quais são para si as compensações, ou seja, porque se realiza nesse tipo de trabalho?

Sinto-me útil em dar voz àqueles que não têm vez na sociedade, cujos apelos não chegam ou não são escutados pelos representantes que estão no Poder. Através do meu trabalho as pessoas passam a ter conhecimento dos seus direitos e aprendem a reivindicá-los. Eu faço a minha parte para melhorar a sociedade em que vivo. E vocês?

Como é viver na Amazónia?

É maravilhoso. Sou parte dela. Nasci no Estado do Amazonas, na cidade de Manaus. Próximo de Manaus acontece o chamado Encontro das Águas ( do rio Negro com as do Solimões - nome inicial do Rio Amazonas). Neste encontro as águas não se misturam. É um espetáculo.
Quando estamos a caminho para ver o encontro das água é comum sermos seguidos pelos botos tucuxi (de cor cinza) ou pelos conhecidos botos "cor de rosa" (na realidade são avermelhados e não rosa).
As frutas são maravilhosas. A que mais gosto é o CUPUAÇU.
Moro no Estado de Roraima . As características da vegetação diferem das existentes no Amazonas. Ainda encontramos as matas fechadas mas também os cerrados, com pastagens naturais, e regiões montanhosas.
Sempre que estou cansada, paro e ponho-me a olhar o céu azul, as variações do verde das árvores, o colorido das flores. Ponho-me a ouvir os cantos dos pássaros e o barulho do vento a bater nas copas das árvores. Gosto de ver os rios. Isso é relaxante.
No inverno, gosto de sentir o cheiro da terra e do mato molhados ... gosto de ouvir o barulho da chuva.
É preciso tirarmos um tempinho para apreciar a natureza, onde quer que estejamos. Aqui em Portugal tenho o costume de olhar a paisagem quando estou no comboio ou nos parques. E vocês?

Como são os povos indígenas que conheceu?

Os indíos são como nós. Brasileiros como Eu. São sábios e possuem tradições e culturas belíssimas. Possuem uma estrutura social muito organizada, as decisões são tomadas coletivamente. Os idosos são respeitados e considerados os mais sábios da comunidade pela experiência de vida. O pensamento é coletivo. Tudo é de todos. Sabem conviver com o meio ambiente.
Todos os que conheci exigem de nós RESPEITO. Desejam que respeitemos suas culturas, tradições, línguas. Querem ver respeitada a sua dignidade como ser humano e garantida a posse das terras onde vivem.
Tenho amigos índios que estão na universidade cursando Direito, Letras, Administração. Sei de alguns que estão cursando Mestrado e Doutorado. A Joênia, advogada do CIR é indígena. Tenho muito respeito e admiração por todos eles, principalmente pela perseverança para continuarem firmes diante das dificuldades e da capacidade em superar os obstáculos.
Quem tiver maior interesse em saber um pouco mais sobre os povos indígenas podem acessar os seguintes sites:
www.cir.org.br
www.cimi.org.br
www.proyanomami.org.br
www.isa.org.br

Que diferenças encontra entre eles e nós, europeus?

As mesmas que encontro entre os Portugueses e os Alemães (na Europa) ou entre os Japoneses e os Chineses (na Ásia). Somente a cultura, a tradição e algumas características físicas.

O que significa, para si, “Direitos Humanos”?

Darei apenas uma visão geral, não técnica sobre o tema. Trata-se do direito que se diz pertecer a todos os seres humanos, independente da nacionalidade, raça, sexo... São os nossos direitos fundamentais à vida, à integridade física, à propriedade, à liberdade (expressão, religião etc) entre outros. Como diz a Professora Flávia Piovesan - " os direitos humanos não são um dado, são construídos."

São respeitados na Amazónia?

Os movimentos sociais e as organizações indígenas e indigenistas estão trabalhando para que sejam respeitados.

Como “prevê” o futuro dos povos indígenas do Brasil?

Espero que tenham conquistado o respeito que tanto almejam. Espero que lhes seja garantida e reconhecida a posse das terras onde vivem. Que os atos de violência (física e moral) dos quais são vítimas deixem de ocorrer... Prevejo ainda um longo caminho a percorrer até conquistarem os objetivos.>

O que desejaria para o seu país, mais concretamente para a sua região?
Para o Brasil - Igualdade social, menos violência e corrupção.
Para a minha região - Respeito aos direitos dos povos indígenas e aos ribeirinhos. Respeito ao meio ambiente.


Ana Marceli Souza

Nota: O titulo deste post foi retirado de uma musica dos OUTLANDISH - "I only ask of god" ( lyrics by Desy Honey)

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Folhas de outros "livros"



Sedum hirsutum (Herbário no Pisão, Jan07)

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Simplicidade (III)


Betula alba (Herbário no Pisão, Jan 07)

Poema das árvores

As árvores crescem sós. E a sós florescem.

Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.

Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.

Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as

[flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.

E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.

Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.

As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.

Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
a crescer e a florir sem consciência.

Virtude vegetal viver a sós
e entretanto dar flores.


António Gedeão, Novos Poemas Póstumos

terça-feira, 17 de abril de 2007

É urgente...

"É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer."

Eugénio de Andrade

Conversas de Herbário: "Change your heart look around you..."


Uma pequena aldeia na zona de Same, Timor
(cortesia de Olívio Paulo)

Pode apresentar-se, por favor?

Chamo-me Olivio Paulo de Deus e sou Timorense. Vim para Portugal em 2001 e actualmente estou no último ano do curso de Relações Internacionais na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

Pode dar-nos uma "imagem" do povo de Timor-Leste, caracterizá-lo para nós, alunos portugueses do secundário, que estamos tão longe?


Timor-Leste viveu durante séculos sob ocupação estrangeira, Portugal e Indonésia, respectivamente. Em 1999, após muitos anos de uma longa luta, teve oportunidade de decidir o seu futuro através dum referendo patrocinado pela ONU (Organização das Nações Unidas) onde a esmagadora maioria do povo decidiu optar pela Independência. Passou por um período de transição sob administração das Nações Unidas e em 20 Maio de 2002, tornou-se o primeiro país soberano, livre e independente do século XXI. O povo timorense é um povo simples, humilde e preserva com muito orgulho a cultura e tradição que herdou dos seus antepassados. As pessoas são simpáticas e têm um espírito de vida mais comunitário, social.

Apesar de estar a milhares de quilómetros da terra lusitana, Timor-Leste partilha com Portugal muitas coisas em comum devido à presença portuguesa durante quatro séculos e meio na ilha, também conhecida (por lenda) como a “Ilha do Crocodilo”. O povo timorense tem em comum com o povo português a mesma língua oficial, os mesmos nomes próprios (por ex. João ou Maria), a mesma religião principal (Católica), podendo utilizar-se a designação “Povo-Irmão", para mostrar o forte laço que une os nossos dois povos.

O que recorda da vida em Timor durante o período de ocupação Indonésia?

Em relação à vida dos timorenses durante a ocupação Indonésia, existiram os dois lados, bom e mau. Poucos dias depois da Fretilin ter declarado unilateralmente a independência, a Indonésia invadiu e ocupou Timor-Leste no dia 7 de Dezembro de 1975 sob o pretexto do comunismo.


Durante a presença da Indonésia, sob o ponto de vista económico, Timor-Leste passava por uma fase de franco desenvolvimento, nunca antes experimentado. Foram construídas infra-estruturas necessárias que permitiram uma melhoria da vida da população, a percentagem do analfabetismo caiu drasticamente: grande número dos jovens teve acesso à escola, incluindo ensino superior. Também se verificou um desenvolvimento dos meios de comunicação, permitindo um aumento do fluxo de mercadorias às populações.

Apesar dos esforços feitos pelos Indonésios, em termos de desenvolvimento, o povo timorense estava fiel ao seu desejo de autodeterminação, de ter um país próprio, soberano e independente. Com muitas dificuldades, este povo travava uma luta contra os seus ocupantes Indonésios, que por sua vez reagiram com todos os meios ao seu alcance, desde meras propagandas politicas até graves violações dos Direitos Humanos:o “Massacre de Santa Cruz” é a prova disso. Estas acções provocaram um sentimento anti-Indonésio ainda maior. Desde então, por melhor que fosse a intenção da Indonésia, esta era vista com desconfiança, os investimentos económicos que posteriormente fez, tornaram-se insuficientes para "matar" o desejo de um povo à autodeterminação.


Devido à persistência e coragem na luta, finalmente, o governo Indonésio abriu possibilidade para uma consulta popular (referendo). O sonho dos Timorenses que antes era considerado como uma mera utopia tornou-se numa realidade, a “Independência”. O povo timorense optou pela separação da Indonésia no referendo do dia 30 de Agosto de 1999. Passado uns dias, a Indonésia abandonou o território, acompanhada de uma acção militar violenta conhecida por “Operação da Terra Queimada”, onde destruiu e incendiou a quase totalidade das infra-estruturas existentes naquela ilha. Foi um acto violento que suscitou a simpatia da Comunidade Internacional para com o povo de Timor. Eu acompanhava a situação na RTP Internacional, em Timor, que me fez saber que aqui em Portugal, também foram organizadas várias manifestações de solidariedade.

E agora? O que mudou?

Depois da saída dos Indonésios, Timor entrou numa fase de preparação, durante 2 anos, sob administração transitória da ONU (Nações Unidas). No dia 20 de Maio de 2002, Timor-Leste restaurou oficialmente a sua independência perdida aos Indonésios há 24 anos, e tornou-se o mais jovem país do mundo. Consequentemente, a independência politica foi novamente conquistada.

Contudo, surgem novos desafios e problemas a nível económico, politico, social, cultural e da defesa, que temos que resolver sózinhos, como um país soberano. Aumento do desemprego, consolidação das estruturas burocráticas, problemas nas Forças Armadas, delimitação das fronteiras com os nossos dois vizinhos gigantes, Indonésia e Austrália, são exemplos, na minha opinião, que levaram o país para a situação onde se encontra actualmente. O governo perdeu capacidade para impôr regras, cada um faz o que quer, as tropas australianas, neozelandesas e portuguesas tiveram de lá voltar novamente para ajudar a restaurar a ordem pública. Foi uma pena, mas não tínhamos opção: em vez de viver em anarquia, é melhor pedir a intervenção da Comunidade Internacional, mesmo que a nossa soberania nacional seja sacrificada.

Como “prevê” o futuro para o seu país e o que mais deseja para ele?

Espero que aprendamos com os erros e falhanços que cometemos no passado, para resolvermos melhor os problemas, e enfrentar os novos desafios que virão no futuro, com mais maturidade.

Estamos num processo de construção do Estado-Nação, que não é nada fácil, antes um processo lento e doloroso, que precisa de muito sacrifício e coragem. O que se passa em Timor não é um caso único: muitos países (não preciso mencionar um por um), passaram por uma situação semelhante ao nosso, depois de obter a sua independência, e durante o processo da construção do Estado. Agora são países estáveis e economicamente fortes.
Por tudo isto, acredito que mais cedo ou mais tarde chegará a vez de Timor, de ter oportunidade de viver em paz, harmonia e em prosperidade.

Os Direitos Humanos são respeitados em Timor-Leste?

Em relação a estas questões, felizmente, Timor-Leste já ratificou todos os protocolos internacionais de Direitos Humanos, sem excepção. Mesmo assim, para o seu cumprimento, é importante criar condições necessárias para que estes protocolos possam ter efeito na sociedade, como, um bom sistema judicial, consciencialização da sociedade sobre a importância dos Direitos Humanos, a liberdade de imprensa e muitos outros. Estamos conscientes de que para consolidar a nossa jovem democracia, a questão de Direitos Humanos, é sem dúvida nenhuma, uma questão fundamental que não podemos ignorar, pois um país que não respeita as pessoas, não é um país democrático.

Olivio Paulo de Deus

Para saber mais:
Sítio de Timor
ATC- Académicos Timorenses de Coimbra
ETAN
La’o Hamutuk

Nota: O título deste post foi retirado de uma música de ZUCCHERO - "Everybody's Got To Learn Sometime" (feat. Vanessa Carlton, Haylie Ecker)

sábado, 14 de abril de 2007

Desenho


Solanum nigrum, Ana Sofia Cruz
Ilustração a lápis de cor, Março 2007

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Se eu mandasse... (II)

Se pudesse mandar, eu abolia o dinheiro das nossas vidas, ou por outro lado, distribuia dinheiro a toda a gente, para que mais ninguém passasse necessidades e privações, essencialmente para o desvalorizar.
O dinheiro, infelizmente, é hoje um "bem" essencial e indispensável à vida em sociedade. Contudo, sempre me surpreende, se o dinheiro é "feito" pelo homem, porquê alguns terem muito e outros tão pouco, ou nenhum?
Uma outra razão que me levaria a tomar esta medida é o facto de o dinheiro ser "cúmplice activo" dos confrontos existentes um pouco por todo lado, as guerras e afins. Já pensaram que tudo pode ter um preço? O que é que não se troca por dinheiro, hoje em dia? NADA!
Penso que assim, o trabalho seria valorizado e as trocas de bens ou serviços mais justas e razoáveis. Como é possível que o trabalho de certas pessoas seja tão valorizado relativamente ao de outras? É um verdadeiro abismo entre o dinheiro recebido por futebolistas, certos actores, músicos (políticos?) e o trabalho que realmente executam, quando comparado com outros trabalhos, sem dúvida simples e desvalorizados, mas igualmente importantes.
Deste modo todos nós poderiamos viver mais felizes e com menos melancolia, pois ninguém mais passaria fome nem privações, e menos inocentes morreriam por causa das guerras. Eu tentaria construir, através desta medida, um mundo "perfeito" onde não existiria egoismo, inveja, guerra, exploração, entre outros valores negativos que contaminam a nossa sociedade. Este novo mundo seria um mundo onde reinava a paz, a igualdade, o bem, a verdade e a partilha, entre outros valores positivos que parecem estar esquecidos pela nossa sociedade, devido ao malefício da existência do dinheiro.
Todos nós nascemos iguais, apesar de diversos, todos temos os mesmos direitos, daí todos termos direito a ter uma boa qualidade de vida, não se justificando deste modo o facto de uns terem mais dinheiro e não passarem necessidades e outros não terem dinheiro algum e acabarem por morrer à fome!
Fátima

terça-feira, 10 de abril de 2007

GreenNetwork !

Pormenor de um carvalho (Herbário na Comenda, Mar 07)

domingo, 1 de abril de 2007




Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.



Ricardo Reis