quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Malmequer


Herbário no Pisão, Jan 07

Malmequer,
Porque enganas, quem não amas?
Dizes que queres bem e mal...
E, de mim,
Que queres tu afinal?


Vives de mentira,
Vives só porque vives...
Mas, és feliz...
Porque do dever fazes
a tua sorte..

Ângela Marques (Alcofra/Caramulo)
12ºA

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

George Steiner: "Is science nearing its limits?"


Outono 2007

O Professor Steiner proferiu hoje de manhã na fundação Calouste Gulbenkian uma admirável palestra sobre os limites da ciência.
Ah, não poderia ter feito de outra maneira - «lisar» as rotinas - para manhã cedo estar em Lisboa e não perder migalha.
A montanha foi a Maomé...
Ouvi-o, emocionada, um corpo já velho mas com uma mente aguçada e atenta aos problemas do seu (nosso) tempo: um cérebro com a sabedoria dos muitos anos de vida e do conhecimento adquirido mas sensível à actualidade, reflectindo limpidamente sobre ela. Steiner é para mim um visionário, um «profeta moderno».

"O ruído tecnológico", ensurdecedor, ocupa hoje a nossa vida de uma forma absorvedora, já não o dispensamos mesmo em aspectos banais, do dia-a-dia. Steiner defendeu que a nova diversidade está assente na proliferação da tecnologia, novos e muitos ramos de ciência, micros e macros conhecimentos, até onde os instrumentos tecnológicos conseguirem alcançar. Mas terá a Ciência conseguido os seus propósitos? O constante e ilimitado progresso (Steiner) tornará as pessoas mais felizes? Ou, pelo contrário, açambarcou o espaço ao redor do homem, apertando e apertando mais, como uma cerca de buraco negro, não deixando ver para além? É que a vida de todos não melhorou substancialmente podendo a ciência ter o seu quinhão de culpa, ao contribuir para aspectos menos nobres e bons do relacionamento entre humanos e até com outras espécies. Gestão sustentável de recursos e globalização, dois conceitos intrinsecamente ligados?

Então qual o fim último da Ciência? O conhecimento só por si? O bem-estar da comunidade? A satisfação pessoal dos homens de ciência? Surdez, falta de humildade e incapacidade de comunicar, são, segundo Steiner, aspectos que actualmente poderão caracterizar alguns dos modernos cientistas. Olharão demais para o seu umbigo e de menos para as pessoas em geral, o povo? Para onde foi a beleza e a bondade de se pensar na comunidade e não em si (prémios, fama, bens) ou em "minorgrupos" específicos?

Para mim a Ciência atingirá o limite se desviar irreversivelmente o Homem da Natureza. Como aguentaremos?

gabriela

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Contrastes de Lisboa...

Pintura Urbana ou Poluição ?

Herbário no Bairro Alto, Lisboa Out.07
O campo na cidade...

Herbário no Príncipe Real, Out. 07

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O CORPO HUMANO (Bodies - The Exhibition)


Herbário à espera de vez, à entrada da exposição, Out07

Está a decorrer, em Lisboa, uma invulgar exposição - algo nunca visto ou falado - o interior, real, de um ser humano, tudo aquilo que se esconde por debaixo da pele, músculos, órgãos, tecidos e até anomalias (tumores...) à vista de quem o quiser ver.
Um destes dias, não resistimos e descemos à capital para observar a fabulosa "colecção" : secções e corpos (seres?) humanos preservados minuciosamente, por técnicas especiais e de desenvolvimento recente, em que a água presente nos tecidos é retirada e substituída por um polímero -silicone- preservando a peça como se encontrava originalmente.
Oh, espantoso e arrepiante, pelo extremo realismo e complexidade "natural" . Que fronteira é essa, a que separa a vida da morte? Aqueles cadáveres expostos, tão naturais e tão estáticos, como bonecos agora, mas que no passado foram pessoas como nós, quentes, sentimentais, com uma história irrepetível... Caramba, o que será feito com os fabulosos lucros desta exposição?
Darwin ficaria "banzado"...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Pena de morte: FORA!


Árvore na estrada "degolada", já que estorva um caminho particular...

Poderão as árvores sobremaneira incomodar os humanos?

Correm turvas as águas deste rio...

Correm turvas as águas deste rio,
Que as do céu e as do monte as enturbaram;
Os campos florescidos se secaram;
Intratável se fez o vale, e frio.

Passou o Verão, passou o ardente Estio;
Uas cousas por outras se trocaram;
Os fementidos Fados já deixaram
Do mundo o regimento, ou desvario.

Tem o tempo sua ordem já sabida;
O mundo, não; mas anda tão confuso,
Que parece que dele Deus se esquece.

Casos, opiniões, natura e uso
Fazem que nos pareça desta vida
Que não há nela mais que o que parece.

Luís de Camões

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Birmânia Livre