sábado, 30 de junho de 2007

Simplicidade (VI)


Herbário no Gerês, 2007

"... A madeira é uma bela coisa para se pensar nela. Vem de uma árvore; e as árvores crescem, e nós não sabemos porque é que elas crescem. Crescem durante anos e anos, sem nos prestarem atenção, crescem nas colinas, nas florestas e à beira dos rios - tudo coisas em que é bom pensar. As vacas sacodem a cauda debaixo delas nas tardes quentes de Verão; e as suas folhas tornam os ribeiros tão verdes que se uma galinhola aparece agora, quase esperamos que as suas penas se tenham tornado verdes também. Gosto de pensar no peixe que balouça contra a corrente como as bandeiras tremulam ao vento; e nos insectos de água que abrem lentamente os seus túneis no fundo do regato. Gosto de pensar na própria árvore: primeiro na sensação abrigada e seca de ser madeira; depois na agitação das tempestades; depois no lento e delicioso escorrer interior da seiva. Gosto de imaginar também as noites de Inverno, ser então uma árvore de pé no campo raso cheio à volta de folhas desfeitas e caídas, sem nada em mim de vulnerável que receie expor-se aos raios de aço da lua, um mastro nu cravado na terra que treme e treme durante a noite inteira. O canto dos pássaros deve parecer muito cheio de força e estranho pelo mês de Junho; e os pés dos insectos devem sentir-se frios enquanto sobem penosamente pela casca rugosa e encontram as folhas verdes que rebentam e as olham com os seus olhos vermelhos marchetados como diamantes..."

Virginia Woolf, Contos (A Marca na parede, 1917)

Tradução de Miguel Serras Pereira

terça-feira, 26 de junho de 2007

Boleia?


Herbário em Pindelo, Maio 07

sábado, 23 de junho de 2007

Tarde soalheira em véspera de S. João...


Herbário: vistas para a Ribeira do Porto, Junho 07

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Solstício de Verão



WHEN I HEARD AT THE CLOSE OF THE DAY

When I heard at the close of the day how my name had been receiv’d with plaudits in the capitol, still it was not a happy night for me that follow’d,
And else, when I carous’d, or when my plans were accomplish’d, still I was not happy,
But the day when I rose at dawn from the bed of perfect health, refresh’d, singing, inhaling the ripe breath of autumn,
When I saw the full moon in the west grow pale and disappear in the morning light,
When I wander’d alone over the beach, and undressing,bathed, laughing with the cool waters, and saw the sun rise,
And when I thought how my dear friend my lover, was on his way coming,
O then I was happy,
O then each breath tasted sweeter, and all that day my food nourish’d me more, and the beautiful day pass’d well,
And the next came with equal joy, and with the next at evening came my friend,
And that night, while all was still, I heard the waters roll slowly continually up the shores,
I heard the hissing rustle of the liquid and sands, as directed to me whispering, to congratulate me,
For the one I love most lay sleeping by me under the same coverin the cool night,
In the stillness, in the autumn moonbeams, his face was inclined toward me,
And his arm lay lightly around my breast – and that night I was happy.

Whalt Whitman, Leaves of Grass, 1855

terça-feira, 19 de junho de 2007

Pintura de Diogo Freitas da Costa


A Curva, 2005
acrílico sobre tela, 40x62cm


link: Catalogo

terça-feira, 5 de junho de 2007

Dia Mundial do Ambiente


Herbário em Serrazes, Maio 07


Herbário em Pindelo, Maio 07

O que preferes?

Se eu mandasse (VI)

Criava mais planos de vigilância florestal e mais planos de primeira intervenção ao combate a incêndios florestais, pois os que neste momento existem são insuficientes para responder às necessidades.
Procedia à entrega de mais apoios financeiros às entidades competentes, como por exemplo corporações de bombeiros e mais meios para o combate aos incêndios, como por exemplo veículos ligeiros de combate a incêndios, veículos florestais de combate a incêndios, veículos tanque de grande capacidade e mais meios aéreos.
Aperfeiçoava a manutenção e reabastecimento dos meios aéreos que se encontram no dispositivo nacional de combate a incêndios: estarão todas as pistas aéreas do país operacionais?
Os proprietários das matas seriam obrigados a manter as suas propriedades florestais limpas.
Promovia o voluntariado na vigilância florestal e no combate aos incêndios. Proibia abater árvores acima de uma determinada idade ou porte, sem o parecer do ministério da tutela.
Fazia com que as Forças Armadas Portuguesas tivessem um papel mais activo na defesa das florestas e no combate aos incêndios.
A quem pertence a Floresta?

Fábio Martins (Pingo)
Uma das coisas que actualmente preocupa a sociedade é a emissão de gases para a atmosfera e a consequente destruição da camada de ozono.
Ora, se eu mandasse, implementava uma lei em que seria obrigatório o uso de catalizadores em todos os veículos e superfícies que emitam grandes quantidades de fumo (indústrias etc.).
Obrigava também a que cada escola tivesse um espaço só com árvores e bancos para que os alunos pudessem, para além de ficarem mais próximos da Natureza, desfrutar das suas sombras, tornando assim a escola num local mais agradável.

Tiago Silva
Caros colegas,

Hoje dedicámos esta aula a dar ideia das várias formas de combater o mal que tudo e todos fazemos à nossa Mãe Natureza, uma vez que ela é que nos mantêm vivos no nosso mundo garantindo a vida na Terra para a humanidade e todas as outras formas de vida.

Que medidas tomaria se eu mandasse?

Em primeiro, acho que é sensata a proibição de fumar ou foguear a menos de 30 metros das florestas ou zonas verdes de grande extensão; desta maneira evitaríamos ao máximo os incêndios florestais, o que levaria a uma diminuição do número de árvores e habitats destruídos, porque, pensando que não, é deveras triste sermos responsáveis pela extinção de tantas espécies animais e vegetais, diminuindo a Biodiversidade.
Uma outra medida importante seria a atribuição de penalizações cívicas (como trabalhos para o município) a quem fosse visto a poluir o ambiente intencionalmente. A atmosfera, o solo, as águas, estão permanentemente expostas aos excessos dos Humanos, e, através destas penalizações, as pessoas pensariam duas vezes antes de "deitar o papel para o chão"... ganhariam consciência ambiental?


Jorge Figueiredo